Design: Obstáculo para a Remoção de Obstáculos?
O texto de Flusser "Design: Obstáculo para a Remoção de Obstáculos? é como todos os outros denso e complexo. Por isso atrevo a dizer: Shrek passaria mal ao ver a maior quantidade de camadas dessa leitura do que a de cebolas kkkkkk. Eu precisei ler algumas frases diversas vezes para entender, porém ao todo achei a ideia interessante.
Primeiramente, o autor diferencia “objeto”, algo que está no meio, e o “objeto de uso”, objeto de que se necessita e que se utiliza para afastar outros objetos do caminho. Esse último é criado para atender as necessidades das pessoas no geral, porém ao mesmo tempo que ele ajuda ele limita. Essa foi uma questão que eu nunca havia pensado antes e ela se aplica tanto para lugares como para objetos do dia a dia, por exemplo, a cadeira é usada somente do jeito pré-concebido e isso limita muitas vezes a criatividade das pessoas sobre como usá-la. Para resolver esse dilema, Flusser defende que é preciso construir projetos de modo que os aspectos comunicativo sejam mais enfatizados do que o aspecto objetivo, por meio da responsabilidade e da criatividade. Consequentemente, isso cria um objeto familiar e manejável por todos. Essa parte me lembrou bastante do livro do Hertzberger, já que o autor acredita que as obras arquitetônicas devem ser flexíveis para permitir diferentes e novos usos pelas pessoas durante a passagem do tempo. Dessa forma, segundo ele, cria-se uma familiaridade com o lugar e, consequentemente, o cuidado pelos seus usuários. Por último, Flusser afirma que no futuro os objetos de uso irão significar menos obstáculos e cada vez mais veículos de comunicação entre os homens. Eu concordo com esse pensamento porque igual ele ressalta no texto a tecnologia cria os objetos imateriais, isto é, permite o acesso e a universalização do conhecimento, como já vemos hoje em dia nos tutoriais no Youtube sobre determinado conteúdo. Assim, as pessoas podem, ao aprender como é feito, modifica-lo de acordo com seus interesse, criando novos usos e avanços, e até criar seus próprios objetos.
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